São apenas dez horas da manhã e o cheiro de alho frito já invade as ruas

Tropeiro aqui, tropeiro lá. Eu não sei o que tem nessas Minas Gerais que, a cada esquina, você encontra ao menos um lugar que vende feijão tropeiro ou pão de queijo. Pode começar a contar, nunca vi um povo que sente tanta fome. É café com pão de queijo, arroz com feijão tropeiro. Sem falar das pastelarias com preço popular e uma dinâmica tão rápida que dá inveja para qualquer fast food.

Mineiro gosta de pastel. Gosta de empada. Gosta de caldo de cana, gosta de boteco com estufa. A toda esquina você encontra um barzinho, uma mercearia, um restaurante, uma lanchonete, qualquer portinha tem uma comida gostosa com um preço bacana pra te vender. Mineiro arranja qualquer desculpa para tomar um cafezinho. Mineiro gosta de doce de compota, gosta de cachaça. Aliás, pode pedir a cachaça da roça nos botecos que você não vai se arrepender, preço baixo e sabor bom. Isso sem falar das novas tendências de vinho, cervejas artesanais e queijos dos mais diversos e saborosos que essa Minas Gerais pode produzir. Acho que só vendo de perto esse Estado para entender o que é a comida para um mineiro. Muito mais do que saciar a fome, a comida é partilha, é apreciação, é desculpa para qualquer hora. Comida para mineiro é aconchego, é pertencimento, é casa. Comida é porta sempre aberta para quem desejar entrar.